A Praia de Ponta Negra, em Natal, sempre foi um dos maiores símbolos turísticos do Rio Grande do Norte. Com o Morro do Careca ao fundo e uma orla vibrante, era motivo de orgulho para potiguares e destino certo de turistas do Brasil e do mundo. Hoje, no entanto, a realidade é bem diferente.
O que deveria ser um espaço de lazer e beleza natural transformou-se em motivo de críticas e frustrações. A chamada “engorda da praia”, obra realizada para conter a erosão e ampliar a faixa de areia, é apontada como um dos maiores erros recentes. O serviço foi feito de forma inadequada e os resultados são visíveis: em dias de chuva, a praia se transforma em uma verdadeira lagoa, sem o devido escoamento da água. Além disso, o mar está repleto de pedras, dificultando o banho e tornando a experiência perigosa e desconfortável.
O cenário de abandono se agrava com problemas de saneamento. Em plena orla de Ponta Negra, há esgoto correndo a céu aberto, desaguando diretamente no mar. Em alguns trechos, frequentadores relatam até a presença de ratos na água, um retrato alarmante do descaso com a saúde pública e com o turismo da cidade.
A situação é agravada ainda pela exploração comercial. Frequentadores reclamam dos preços cobrados pelos barraqueiros, considerados abusivos. Há relatos de pratos de peixe que chegam a ultrapassar R$ 300,00, sem sequer atender bem a duas pessoas. “É inacreditável, uma simples refeição custa mais caro do que em restaurantes renomados da cidade”, comenta um visitante indignado.
O abandono da praia reflete diretamente na imagem turística da capital potiguar. O que antes era um local “almejado por todo potiguar”, hoje é descrito como um espaço esquecido, caro e mal cuidado.
Ponta Negra, que já foi sinônimo de orgulho e cartão-postal de Natal, pede socorro diante de tanto descaso. A população cobra providências urgentes do Governo do Estado e da Prefeitura para recuperar a dignidade de uma das praias mais famosas do país.
