Enquanto o povo de Areia Branca aperta o cinto, o prefeito Souza parece viver em outra realidade. Um contrato publicado revela que a Prefeitura vai pagar nada menos que R$ 94.523,22 em “serviços de camarim”.
O documento de empenho nº 2025NE806001 mostra que a empresa Hotel Terra do Sal LTDA (CNPJ 12.045.204/0001-28) foi a grande beneficiada do negócio, recebendo a bolada para fornecer o que chamam de "suporte técnico operacional a eventos". Traduzindo: sofá, cadeira, espelho, copo descartável e, claro, a realeza etílica e gastronômica para o camarim.
Na lista do “luxo indispensável” aparecem:
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01 garrafa de Johnny Walker Black Label (porque Red Label é coisa de pobre),
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12 energéticos,
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24 cervejas Heineken,
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06 Gatorades,
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06 águas de coco,
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12 garrafas de água mineral sem gás (a com gás não entra),
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12 latas de refrigerante geladas,
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02 pacotes de gelo filtrado,
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e até 01 garrafa de café já adoçado (porque adoçar é um sacrifício inaceitável).
No cardápio, o requinte continua: cesta de frutas selecionadas, tábuas de frios, 15 pães franceses, carne moída com molho, pizzas de sabores variados, bombons, chicletes Trident, barrinhas de cereais, castanhas e nozes. Um verdadeiro banquete que faria inveja a muito buffet de casamento.
E pasmem: isso é só de um camarim. Ainda existem os camarins das bandas, porque ninguém é de ferro.
Foram contratados ao todo 33 serviços, cada um por exatos R$ 2.864,34. Resultado: quase R$ 100 mil indo embora apenas para que artistas tenham um “cantinho” confortável.
Enquanto isso, sobra para o povo o show da vida real: fila na saúde, buraco nas ruas e a esperança de que um dia o dinheiro público seja gasto com prioridades — e não com whisky importado.
informações: PORTAL DA TRANSPARÊNCIA
FOTO: IA
